A fixação de Nitrogênio é o processo pelo qual este elemento passa da forma molecular - como se encontra na atmosfera - para a forma química, orgânica ou inorgânica, disponível para organismos. Assim, tanto o processo químico como os processos biológicos são formas de fixar nitrogênio (N).
Na natureza existe um número ainda não determinado de microorganismos capazes de fixar o nitrogênio, em sua maioria oriundos do solo, que realizam esse processo e o incorporam ao solo. A grande maioria dos estudos sobre fixação é sobre bactérias, mas existem também algas (Asola) e alguns fungos que também podem fixar N, mas sob condições muito específicas.
As bactérias fixadoras podem ser classificados em 3 categorias:
- de vida livre não associativos
-de vida livre associativos
-simbióticas
De vida livre não associativa: vivem de forma livre no solo e algumas na água, mais ou menos dependentes de cultura vegetal e das condições do solo. Ocorrem com mais intensidade em solos com elevado teor de matéria orgânica, onde encontram grande quantidade de nutrientes. Possuem a enzima NITROGENASE em seu corpo, fixam o N para formar suas proteínas e depois o liberam para o solo. Os principais tipos de gênero são:
_Azotobacter ( figura )
_Derxia
_Beijerinckia
_Clostidium ( anaeróbias)
De vida associativa: podem viver livremente no solo, mas também se associam com raízes de várias plantas, alojando-se nas camadas superficiais das raízes, fixando N e transferindo parte deste para a planta. Atualmente são objeto de muito estudo para uso em gramíneas como o milho, trigo, arroz e cana, através de inoculantes. Além da fixação do N essas bactérias tem maior ou menor grau de estimular o enraizamento das plantas pela produção de hormônio de crescimento. Os principais gêneros são:
_Azotobacter (A. paspali)
_Azospirillum
_Burkholderia
_Glucanoacetobacter
Simbióticas: estas bactérias formam sistemas simbióticos com plantas somente da família das leguminosas, criando novas estruturas - nódulos - onde será gerada a enzima nitrogenase e um complexo sistema bioquímico. Esta enzima não existe nem na bactéria e nem na planta - só será formada dentro da nova estrutura. No interior do nódulo ocorre a transformação do N molecular - aportado pela solução do ar no solo - em amônia, que sofre diversas transformações e se deslocará através da seiva para a parte aérea da planta. Por sua vez, a bactéria irá se nutrir de carboidratos aportados pela planta, formando um típico sistema simbiótico. São do gênero Rhizóbium
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A inoculação além de aumentar a produtividade nas leguminosas, economiza no nitrogênio da cultura sucessiva seja de milho, trigo, arroz ou outra, e segundo pesquisas o N mineral é totalmente dispensável quando se faz uma boa inoculação, e dependendo do uso , o N mineral pode até prejudicar a formação de nódulos fixadores de N molecular.
O uso de inoculantes reduz consideravelmente o custo do plantio de uma lavoura - inoculante : R$ 5,00 por ha e uréia R$ 500,00 por ha... sendo 100g de inoculante por saca de 50kg de semente. Poupa o solo e as águas da contaminação por nitratos.
Exige um solo equilibrado e o uso de fungicidas, no caso de plantio convencional, deve ser compatível com o inoculante.
vide fonte: www.anpii.org.br com curso disponível e mais informações no site www.cnpso.embrapa.br
É desta tecnologia que estamos precisando, e não das tecnologias que nos separam anos luz do nosso próprio entendimento enquanto seres humanos! Adorei Sá!
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